Ao longo da história, a soberania dos povos europeus foi conquistada e preservada em momentos de grande adversidade — onde a coragem, a união e a inteligência estratégica se revelaram vitais.
Num mundo em constante transformação — onde as ameaças já não se limitam ao campo de batalha, mas se estendem ao ciberespaço, à economia e até à manipulação da informação — é vital que a unidade europeia continue a assentar não numa uniformização imposta, mas numa aliança consciente e respeitadora da diversidade dos seus Estados-membros.
Defender a Europa, hoje, significa defender os seus cidadãos, as suas liberdades e o seu direito a decidir o próprio caminho. Significa proteger os territórios — não apenas com infraestruturas, mas com investimento nas pessoas, na educação, na cultura e na coesão.
Na Rota Histórica das Linhas de Torres, não caminhamos apenas por trilhos ladeados de fortes e vales que outrora serviram de barreira ao inimigo. Caminhamos sobre memória viva. Cada estrutura, cada colina, cada caminho conta uma história de resistência e engenho — e liga-nos diretamente a uma herança coletiva de coragem e determinação.
Mais de dois séculos depois, temos finalmente a distância para compreender e valorizar verdadeiramente o esforço de todos os que se agigantaram frente a uma ameaça avassaladora. A Rota Histórica oferece muito mais do que uma visita a monumentos militares — oferece-nos uma viagem profunda pela identidade nacional, e um espelho onde podemos refletir sobre os desafios geopolíticos atuais.
Porque conhecer o passado — e honrá-lo — é essencial para construir e defender o futuro.