A Federação Europeia das Cidades Napoleónicas reúne mais de 50 cidades e regiões cuja história sofreu a influência Napoleónica.
Celebrado por uns e censurado por outros, Napoleão Bonaparte não deixa ninguém indiferente. O Imperador dos Franceses é ainda hoje – duzentos anos após a sua morte! – constantemente reavaliado nas suas decisões políticas, militares e até íntimas. À ambição pessoal e destruição causada pelas campanhas das Guerras Napoleónicas contrapõem-se os avanços na Lei ou a abolição de privilégios moralmente indefensáveis. O panorama das artes mudou profundamente no período Napoleónico, como mudaram os hábitos sociais e a forma de fazer a guerra. Também a fauna e, sobretudo, a flora sofreram alterações drásticas na sequência das expedições científicas patrocinadas por Napoleão, alterando visceralmente as paisagens europeias.
A Rota Histórica das Linhas de Torres integra a Federação Europeia das Cidades Napoleónicas, uma rede de cidades e regiões cuja história foi marcada pela Era Napoleónica, reconhecendo a influência que a herança daquele período ainda tem na geopolítica contemporânea e na unidade cultural, social e histórica europeia. Os eixos que ligam estas cidades e regiões fazem hoje parte dos Itinerários Napoleónicos, que desde 2015 integram o Programa dos Itinerários Culturais, estabelecido pelo Conselho da Europa em 1987.
As cidades e regiões que incorporam a Federação Europeia das Cidades Napoleónicas partilham, além do passado histórico, as preocupações com o futuro. Ao enfatizar a necessidade de desenvolvimento sustentável e o empenho na preservação do planeta, elas fazem das assimetrias da sua herança histórica a força motora de um futuro comum.